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PARA FICAR EM CASA: COMO MELHOR PRESERVAR OS ALIMENTOS PERECÍVEIS?



É fato que mesmo neste momento em que devemos ficar em casa, algumas atividades essenciais se fazem necessárias, e uma delas é ir ao mercado. Mas e se pudermos, através de ações simples, reduzir a necessidade de saídas ao mercado, simplesmente fazendo com que nossos perecíveis durem mais tempo?
            É o que o PetCiências traz nesta matéria, afim de amenizar o desperdício alimentar, e estender o tempo em que alimentos que costumam ser consumidos mais rapidamente possam ser aproveitados.  Vamos aprender essas dicas?
            O primeiro passo para evitar que os alimentos estraguem rapidamente é ter atenção às condições de temperatura, umidade, e local de armazenamento.
           
Hortaliças e frutas
            As raízes, frutas e tubérculos que não estiverem maduros devem ser guardados em locais secos e livres de insetos. As frutas e hortaliças não podem ficar expostas ao sol. Precisam estar em local fresco e seco ou serem mantidas na geladeira, para que não acabem ressecadas ou apodrecidas. A temperatura ideal para a conservação varia de um produto para outro, vale à pena pesquisar na internet esta questão.

Conservação do valor nutritivo dos alimentos
           As frutas e verduras perdem valor nutritivo com maior facilidade. Para aproveitar ao máximo os nutrientes desses alimentos, siga as seguintes recomendações:
·         Frutas e verduras devem ser consumidas quando estiverem bem frescas. Com o amadurecimento e o tempo de armazenamento, os nutrientes vão se perdendo. Prefira as frutas e verduras da estação, pois, além de mais econômicas, conservam melhor os nutrientes nessa época.
·         O ideal é que esses alimentos sejam consumidos inteiros ou em pedaços. Quando frutas e verduras são batidas no liquidificador, algumas vitaminas, como a vitamina C, são perdidas;
·         Ao cozinhar as verduras, mantenha a tampa da panela fechada. O melhor é prepará-las no vapor.
·         Não cozinhe demais os alimentos, principalmente os vegetais.
·         Tente aproveitar a água que sobrou do cozimento na preparação de outro prato, como arroz, sopas, cozidos ou sucos.
·         Não coloque nenhuma substância para realçar a cor dos vegetais (como bicarbonato de sódio), pois isso provoca perdas de vitaminas e de minerais.
·         Não submeta nenhum alimento a temperaturas altas demais. Prefira o fogo brando.
·         Conserve os alimentos de maneira adequada.

Higiene dos alimentos
            Existem diversos tipos de higiene, mas as de importância relacionadas com os alimentos são a higiene pessoal, ambiental e, claro, dos alimentos.
             Para entender melhor o sentido de higiene, é preciso saber o que são os microorganismos. Os microorganismos ou micróbios são seres vivos, assim como os homens e os animais, mas a maioria é invisível a olho nu e só pode ser vista com um aparelho especial, o microscópio. As bactérias, fungos e vírus são exemplos de microorganismos. Como qualquer outro ser vivo, eles se reproduzem, se multiplicam. A diferença é que os micróbios são muitíssimo mais rápidos que o homem e esse é o grande problema. A maioria das bactérias, em quantidades pequenas, não faz mal ao homem. Mas em grandes quantidades, ou seja, quando se multiplicam várias vezes, elas provocam doenças e podem até matar! Existem bactérias que até mesmo em pouquíssimas quantidades podem prejudicar o homem.
             Os microorganismos são encontrados por toda parte: no ar, na água, na terra, no nosso corpo, mãos, pés, unhas, nariz, cabelos, olhos, barba... Para viverem, eles precisam de água e de alimentos, além de tempo e temperatura ideal para se multiplicarem. As bactérias se reproduzem com maior facilidade em temperaturas entre 15°C e 70°C. Ou seja, a temperatura ambiente e as temperaturas dos alimentos frios ou mornos são ideais para que elas se multipliquem. Os humanos são o principal “meio de transporte” da bactéria até o alimento. Isso acontece quando não possui bons hábitos de higiene, seja com cuidados pessoais, do ambiente ou do próprio alimento. Por isso, na hora de escolher e consumir um alimento, não é só o valor nutritivo que conta. É muito importante observar as condições de higiene em que ele se encontra. Caso contrário, o alimento pode contribuir para o aparecimento de doenças ou até mesmo a morte. Algumas recomendações são:
·         Tocar nos alimentos apenas antes de cozinhá-los ou na hora de lavá-los (com as mãos limpas!).
·         Beber somente água filtrada ou fervida.
·         Lavar muito bem as verduras, legumes e frutas, usando sabão, gotas de água sanitária, ou vinagre e água corrente, se possível filtrada ou fervida.
·         Fazer a comida perto do horário de servi-la.
·         Escolher alimentos fiscalizados pelo Ministério da Agricultura e que apresentem o selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF). Não comprar ovos, frango e leite de origem clandestina.
·         Cozinhar bem os alimentos. Carnes, aves e peixes devem ser cozidos em temperatura superior a 70 graus, para eliminar a maior parte das contaminações. Os alimentos que estiverem congelados devem ser muito bem descongelados antes de serem preparados e cozidos.
·         Fazer a quantia certa para evitar sobras. Quando a comida esfria à temperatura ambiente, os microorganismos começam a proliferar e a comida pode estragar.
·         Guardar sobras com muito cuidado. As sobras de alimentos devem ser guardadas na geladeira, em temperatura igual ou inferior a 10 graus. No caso de comida de criança, o melhor é não guardar. Todo alimento na geladeira deve estar embalado ou acondicionado em pote fechado.
·         Aquecer bem os alimentos que foram refrigerados. O ideal é mexer, misturar para aquecer por igual, juntando água, se possível, para permitir a fervura que mata os micróbios.
·         Não misturar alimentos crus com cozidos. Quando se corta um frango cru, por exemplo, deve-se lavar muito bem a faca e a tábua antes de cortar a ave cozida ou assada.
·         Evitar o uso de tábuas de madeira e colheres de pau. É melhor usar tábuas de polietileno e colheres de plástico resistente.
·         Proteger alimentos de insetos e animais. Eles transportam micróbios que causam doenças. O ideal é guardar os alimentos em vasilhas fechadas.
·         Não falar, tossir ou espirrar em cima dos alimentos.
·         Não comer alimentos com aparência, textura ou cheiro estranhos.

            Através dos cuidados adequados podemos tanto manter melhor nossos perecíveis, quanto evitar contaminações alimentares, e ainda praticar uma alimentação mais saudável, preservando nutrientes e qualidade dos alimentos.

O que guardar na geladeira?
            Os produtos que precisam de refrigeração são aqueles que estragam mais facilmente e não podem ficar armazenados por muito tempo. Mas fique atento: nas temperaturas de refrigeração também pode haver crescimento de microorganismos. É importante que a geladeira não esteja com excesso de produtos, pois isso pode afetar sua capacidade de resfriamento, prejudicando a conservação dos alimentos e causando perdas. As carnes só devem ser conservadas na geladeira se forem ser usadas no mesmo dia.
            Alguns exemplos de alimentos que devem ser guardados na geladeira: ovos, leite, queijo, manteiga, margarina, alguns vegetais e frutas, além de embutidos. As prateleiras mais altas da geladeira são as mais frias. É nelas que devem ser guardados alimentos como carnes, leite e derivados. Não misture alimentos crus e cozidos na mesma prateleira, pois os crus podem contaminar os já preparados.
             E atenção: nunca forre as prateleiras da geladeira com plásticos ou toalhas, pois isso dificulta a circulação do ar frio, prejudicando o bom funcionamento do aparelho. Coloque os alimentos em recipientes bem fechados. Observe o prazo de validade, sempre. O refrigerador deve ser mantido limpo.



Referências:
RECINE, Elisabetta; RADAELLI, Patrícia. Cuidados com os alimentos. [S. l.], [2000]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cuidado_alimentos.pdf. Acesso em: 5 maio 2020.

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