Você sabia que muitas doenças como o Ebola, Gripe Aviária, a Febre do Vale Rift, Doença Respiratória Aguda Grave (SARS), e a Covid-19 (coronavírus) são originados por conta do descaso com o meio ambiente? De acordo com o Relatório Fronteira (2016) do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) cerca de 60% das doenças infecciosas humanas e 75% das doenças infecciosas emergentes são zoonóticas, ou seja, transmitidas por animais.
Não se pode prever quando essas doenças irão surgir, porém há evidências que a ação antropocêntrica e a degradação do meio ambiente têm grande influência. Segundo o PNUMA, algumas atividades como o comércio ilegal/irregular de animais silvestres, o desmatamento, as mudanças climáticas, a intensa produção agrícola e pecuária são alguns fatores que propiciam o surgimento de doenças zoonóticas e, também, acabam oportunizando a evolução de bactérias que se tornam imune aos antibióticos existentes assim como outros microorganismos.
Dessa forma, devido ao contexto atual, trouxemos alguns dados mais recentes que os cientistas do PNUMA reuniram sobre a COVID-19 e a relação com o meio ambiente:
· A interação de seres humanos ou rebanhos com animais selvagens pode nos expor à disseminação de possíveis patógenos, pois rebanhos servem de ponte epidemiológica entre a vida selvagem e as doenças humanas.
· Os fatores determinantes do surgimento de zoonoses são as transformações do meio ambiente. Muitas atividades humanas alteram o equilíbrio ambiental, deixando mais expostos os hospedeiros animais e humanos aos patógenos que estão em constante evolução para explorar novos hospedeiros.
· As doenças associadas aos morcegos surgiram devido à perda de habitat por conta do desmatamento e da expansão agrícola. Esses mamíferos desempenham papéis importantes nos ecossistemas, sendo polinizadores noturnos e predadores de insetos.
· A integridade do ecossistema pode ser um indicador para saúde e o desenvolvimento humano. As mudanças ambientais induzidas pelo homem modificam a estrutura populacional da vida selvagem e reduzem a biodiversidade, resultando em condições ambientais que favorecem determinados hospedeiros, vetores e/ou patógenos. Além disso, ela ajuda a controlar as doenças por conta da variabilidade de habitats e dificulta a disseminação e a ampliação dos patógenos.
Portanto, a natureza está em crise, ameaçada pela perda de biodiversidade e de habitats. É de suma importância o cuidado com o meio ambiente e com os fatores que o atinge, para nos proteger e proteger quem amamos. O surgimento de novas pandemias, como a atual, pode ser devastador. Precisamos entrar em equilíbrio com a natureza, e isso pode ser feito com tarefas simples no nosso cotidiano como: descartando lixo no lugar correto, economizando água, evitar o desmatamento, reutilizando, reciclando e reaproveitando e principalmente educando para o cuidado com o ambiente. Lembre-se o planeta é nosso!
REFERÊNCIAS
Redação CicloVivo. 6 fatos sobre o coronavírus e o meio ambiente. CicloVivo. Disponível em: <https://ciclovivo.com.br/covid19/6-fatos-sobre-coronavirus-e-meio-ambiente/amp/> Acesso em: 02 de jun de 2021.
Contribuição: PETana Victória Santos da Silva- PETCiências
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