Pular para o conteúdo principal

PESQUISA, MICROPLÁSTICOS E CORRENTE SANGUÍNEA HUMANA

 



Apesar de poucos resultados relacionados à utilização de plástico ser uma ameaça à saúde pública, os microplásticos são pequenos resíduos que estão presentes em qualquer produto pertinente em nossa rotina. Eles se configuram em diversos tamanhos e às vezes podem ser invisíveis a olho nu. Os microplásticos são onipresentes e já se tornaram um dos principais poluentes das águas de rios e oceanos, bem como na água potável engarrafada e de torneira. Os microplásticos entram no meio ambiente através do ar, cosméticos e produtos de higiene, descarte incorreto de resíduos plásticos dentre outras formas voluntárias e involuntárias. Contudo, a utilização de plástico está presente em nosso cotidiano na forma de garrafas PET, embalagens, sacolas de supermercado, utensílios domésticos, dentre outros subsídios que fazem parte da dimensão do consumo.


Os riscos e consequências da ingestão indireta desses materiais para a saúde, ainda são desconhecidos. Entretanto, cientistas de universidades da Holanda após coleta de 22 amostras de sangue, encontraram a presença de micro e nanopartículas de plástico em 17 delas. Algumas amostras chegaram a ter mais de um tipo de plástico e ainda não é possível identificar o nível de deslocamento dessas partículas na corrente sanguínea nem a facilidade de disseminação e os efeitos prejudiciais dentre os órgãos do corpo. Apesar da praticidade com que o plástico adentra em nossas vidas, é preciso pensar nas futuras gerações e em como nossas ações podem mudar o rumo do planeta sem por em risco a nossa própria saúde. Como forma de alerta, trouxemos algumas dicas para diminuir a disseminação de microplásticos e também contribuir para que os resultados da Ciência acerca da saúde humana continuem estimulando resultados benéficos para o aumento da qualidade de vida.


  • Diminuir o consumo de plásticos;

  • Apoiar a iniciativas que retirem redes de pesca e outros plásticos do mar;

  • Evitar o consumo de alimentos armazenados em recipientes de plástico;

  • Trocar a escova de dentes de plástico por uma de bambu;

  • Dar preferência a produtos em embalagens de vidro, papel ou sem embalagens, como shampoos e sabonetes em barra;

  • Reciclar, reutilizar e reaproveitar produtos de consumo;

  • Zerar o consumo de itens de plástico supérfluos, como canudinhos, glitter, copos descartáveis e sacolas;

  • Separar e descartar o lixo corretamente;

  • Desenvolver composteira e uso de adubo orgânico nas casas;

  • Apoiar ideias de empresas e governos com a finalidade de diminuir o uso de plástico, utilizando embalagens retornáveis e com design menos nocivo para garantir o retorno do plástico utilizado à cadeia de produção.


REFERÊNCIAS


G1. Cientistas encontram microplásticos na corrente sanguínea humana. Disponível em:

https://g1.globo.com/meio-ambiente/noticia/2022/03/24/cientistas-encontram-microplasticos-na-corrente-sanguinea-humana.ghtml. Acesso em: 23 de abr. de 2022.


ECLYCE. Microplásticos: principais poluentes dos oceanos. Disponível em:

https://www.ecycle.com.br/microplastico/#Ar. Acesso em: 23 de abr. de 2022.



Contribuição: Amanda Emmanuele Paulus Machado

Bolsista PETCiências.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Os resultados da Construção de uma Maquete com Materiais Recicláveis a partir da temática ISTs

Alessandra Nilles Konzen, Bolsista do PETCiências - Campus Cerro Largo, na atividade de extensão do Programa de Educação Tutorial (PET) : PET vai à escola, atividade esta que oportuniza o processo de Iniciação a Docência antes dos estágios e facilita as atividades didáticas com os professores das escolas na área de Ensino de Ciências, produziu sugestão de atividade que a professora por meio de encaminhamento remoto desenvolveu com os alunos que a retornaram por meio de fotos. Nesta atividade os alunos do 1º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Técnica Guaramano do município de Guarani das Missões na disciplina de Estrutura e Funcionamento da Máquina Humana da turma da Professora Fabiane Habowski, foram desafiados a construir uma maquete de vírus, bactérias ou parasitas causadores das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) com materiais recicláveis que tivessem em suas casas. Tendo como objetivo aprofundar e avaliar o conhecimento dos alunos acerca das ISTs como também a sua c...

Atividade prática sobre solos

Entre os dias 10 e 17 de Abril a Bolsista Daniele Bremm esteve realizando, na E.E.E.F. Sargento Silvio Delmar Hollenbach, um conjunto de aulas envolvendo atividades práticas com os alunos do sexto ano sobre o tema solos. As atividades foram desenvolvidas com caráter investigativo, a fim de gerar maior autonomia nos alunos, assim como desenvolver a sua capacidade reflexiva e criticidade de pensamento. Mais especificamente os conteúdos abordados foram componentes do solo e tipos de solo. Antes da realização do experimento sobre a drenagem dos solos, os alunos forma convidados a elaborar hipóteses a respeito do que acreditavam que iria acontecer, após a realização do mesmo eles puderam verificar o que de fato ocorreu, gerando um diálogo investigativo entre a turma, na busca de responder o motivo dos fatos observados. A outra atividade prática realizada visava à identificação de diferentes tipos de solo, de acordo com aspectos como tamanho de partículas e componentes dos mesmos, esta...

Memes como ferramenta de Ensino

  O termo Meme foi criado pelo biólogo Richard Dawkins, onde foi usado pela primeira vez em 1976, no seu livro “The Selfish Gene”, traduzindo “O Gene Egoísta”. Neste livro o termo foi utilizado para nomear uma unidade de informação cultural, uma analogia ao gene, mas atualmente Memes podem ser entendidos/representados com(o) melodias, ideias, sotaques, moda, slogans, conceitos, fragmentos de cultura e informações da atualidade ou da antiguidade. No seu livro Richard Dawkins descreve que “quando você planta um meme fértil em minha mente, você literalmente parasita meu cérebro, transformando-o num veículo para a propagação do meme, exatamente como um vírus pode parasitar o mecanismo genético de uma célula hospedeira”, assim entendemos que Meme hoje em dia pode ser entendido como o termo viral carregado de informações, e a internet nos proporcionou um meio mais fácil para que os Memes cheguem a milhares de pessoas em muito menos tempo. Então por que não utilizar o Meme em sala de aula...