No dia 23/08 o grupo PETCiências
participou do seminário ministrado pela Profª. Drª Lenir Basso
Zanon/PPGEC-UNIJUÍ, sobre “Investigação-Formação-Ação (IFA), Trabalho Educativo
e Profissionalidade Docente” que foi promovido pelo CCR de Tópicos especiais:
Temas, Metodologias atuais de Pesquisa em Ensino de Ciências, do Programa
Pós-Graduação em Ensino de Ciências (PPGEC), ministrado pelo Prof. Dr. Roque
Ismael da Costa Güllich atual tutor do PETCiências e coordenador do PPGEC.
Inicialmente
discutimos sobre o Trabalho educacional que se insere na relação que a
Investigação-ação constrói uma relação entre objetividade e subjetividade no e
para o contexto histórico e cultural em
que os professores em formação inicial e continuada estão inseridos. Com isso,
este ambiente constitui as transformações dos sujeitos, tanto professor, quanto
estudante, inseridos em situações de ensino e de aprendizagem.
Uma questão
essencial para o coletivo PETCiências foi a construção de um ambiente formativo
em que os futuros professores utilizam o Diário de Formação como um instrumento
de reflexão crítica contínua a respeito de sua prática. Então, por meio deste
coletivo a prática pode ser investigada, socializada, ampliada e transformada.
Com o objetivo de aprofundar nosso
conhecimento a respeito da IFA, representando o grupo PETCiências, os bolsistas
Joana e Giordane, realizaram uma entrevista com a palestrante, foram feitas
duas perguntas que foram:
1-
Como a professora vê a interação dos sujeitos a partir da IFA?
-
A IFA é uma modalidade de processo
de formação de planejamento de transformação das práticas dos entendimentos das
práticas das questões institucionais. É pela interação no coletivo de pessoas
que desenvolvem essa prática que vivenciam essa prática nessa interação
coletiva, na interação entre sujeitos, que é possível acontecer esse processo
de IFA. Sem as interações entre os sujeitos nada seria possível, pois a IFA
parte do pressuposto de que a prática, neste caso a prática reflexiva, a
práxis, ela é objeto de sistemático processo de reformulação recriação
social/coletivo, não apenas o indivíduo sozinho, mas junto com os demais sujeitos
que desenvolvem essa prática. Sem a interação não há como o indivíduo
identificar o problema na prática, essa interação no coletivo que poderá ser
identificado o problema. E a partir disso, replanejamentos, olhando para o
passado e fazendo o planejamento para um novo ciclo. Nas interações que foi
identificado o problema e é a partir das interações que serão feitos os
reestudos os olhares para o passado para fazer um novo planejamento e a partir das interações
será feito o movimento de concretização desse planejamento, mediante
observações, registros acompanhado sempre da reflexão de tal forma que por meio
da reflexão da vivência nova, pela espiral, o problema inicial ele vai passar
para um novo estágio de entendimentos e reflexão e organização da situação que
se encontra. com o planejamento e a concretização dele, transforma-se a
situação em relação aquele problema, sendo que as etapas não são separadas.
Nenhuma das etapas da IFA, ou da IA, seria possível sem as interações sociais entre os sujeitos
que são responsáveis pela prática e pela melhoria da prática, por meio da IFA,
as interações são tudo, sem que haja um espaço coletivo, para planejar,
refletir, apontar erros, estudar, replanejar e ver o que aconteceu, sem um
espaço interativo para isso, não há IFA, é uma condição necessária para a IFA,
talvez não suficiente.
Entendemos que nosso coletivo
formativo tem grande contribuição por desenvolver um processo de formação
baseado em um contexto crítico-reflexivo. Com isso, nós temos a oportunidade de
construir nossa identidade e prática profissional inseridos em um ambiente em
que compartilhamos e refletimos sobre nossa formação e práticas pedagógicas.
A segunda pergunta foi a respeito da
problematização na construção de uma prática pedagógica, em que a Professora
Lenir destacou que o problema existe “a partir do modo que você vê o mundo” e
os conhecimentos os quais interagem com esse problema são inseridos na
aprendizagem dos estudantes. Com isso, é necessário que o professor construa
estratégias utilizando recursos que considerem os contextos dos estudantes.
O problema posto em questão não
existe em si, mas de acordo com a Professora Lenir, ele é relacionado em “como
você encara a realidade problemática”. Logo, o professor tem a responsabilidade
de problematizar a realidade em que está inserido e construir um planejamento
que considere, a diversidade e as perspectivas que constituem um ambiente
propício para a aprendizagem dos estudantes.
Portanto, consideramos necessário
termos contato com Professores-pesquisadores nesta área do Ensino para
constituirmos novas perspectivas a respeito da formação e prática pedagógica no
Ensino de Ciências.
Contribuição:
Giordane Miguel Schnorr- Bolsista
PETCiências
Joana Ferronato Fagundes - Bolsista
PETCiÊncias
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